quarta-feira, 31 de março de 2010

Sobre Crianças e Páscoa...

Essa semana vem o meu filhote (de 5 anos) do colégio contando que Jesus ressussitou e estava enterrado numa toca e por isso na Páscoa vem o coelho que mora numa toca para simbolizar Jesus e trazer ovinhos de chocolate...(?????) e foi assim mesmo que ele falou, quase sem respirar emendando uma palavra na outra...Tá, eu respirei, ri, pensei...que salada que ele fez... vamos começar do começo...como é que é? e ele : é mãe... assim, uma toca, tu não sabias? Jesus morreu e ficou numa toca com a pedra na frente na forma de um ovo, ai vem o coelho e traz ovo de chocolate pra gente... (e eu perguntando, lógico) tá meu amor, mas porque o coelho mesmo? ai ele responde: o coelho mora na chocolândia e faz o chocolate e quando tá pronto ele traz pra gente na Páscoa... entendeu?  Entendi!
Bom...eu achei uma graça a forma como ele está elaborando todos esses conceitos... e me lembrei de um texto que recebi tempos atrás... meus meninos ainda muito pequenos não elaboravam teorias ainda... mas dei boas risadas lendo... então divido aqui, infelizmente não sei quem é o autor...
O Coelho da Páscoa e a Paixão de Cristo:
- Papai, o que é Páscoa?
- Ora, Páscoa é...... bem...... é uma festa religiosa!
- Igual Natal?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição. Marta, vem cá!
- Sim?
- Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?
- Mais ou menos ........ Mamãe, Jesus era um coelho?
- Que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!
- Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?
- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Minas Gerais?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que a Ilha da Trindade fica perto do Espírito Santo?
- Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a, professora explica tudinho!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.
- Coelho bota ovo?
- Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais!
- Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era, era melhor...
- Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né? Que dia que ele morreu?
- Isso eu sei: na sexta-feira santa.
- Que dia e que mês?
- ??????? Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou três dias depois, no sábado de aleluia.
- Um dia depois.
- Não, três dias.
- Então morreu na quarta-feira.
- Não, morreu na sexta-feira santa ....... ou terá sido na quarta-feira de cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como? Pergunte à sua professora de catecismo!
- Papai, por que amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?
- É que hoje é sábado de aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
- O Judas traiu Jesus no sábado?
- Claro que não! Se ele morreu na sexta!!!
- Então por que eles não malham o Judas no dia certo?
- É, boa pergunta. Filho, atende o telefone pro papai. Se for um tal de Rogério diz que eu saí.
- Alô, quem fala?
- Rogério Coelho Pascoal. Seu pai está?
- Não, foi comprar ovo de Páscoa. Ligue mais tarde...tchau.
- Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Que eu saiba sim, por quê?
- Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?
- Coitada!
- Coitada de quem?
- Da sua professora de catecismo!
as explicações:
A Sexta-feira Santa, ou 'Sexta-feira da Paixão', é a Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.
Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã (é o primeiro mês do calendário judaico e corresponde a março-abril do calendário gregoriano), no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira de lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.
O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa. (mais detalhes)
A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário.
A História do coelhinho da Páscoa e os ovos:
A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas. Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida. A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.
Complicado isso não? entender essas associações e convenções religiosas... imagina para uma criança... haja concentração, abstração, interesse... então, mais adequado a fantasia e a compreensão que cada uma dá sobre o que escutou, seja na escola, em casa ou em conversas por aí... tudo tem seu tempo... Feliz Páscoa para todos e que a criançada se acabe no chocolate!!!!
 

terça-feira, 30 de março de 2010

Sobre mudanças...

Refletindo...Refletindo e Refletindo...


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo... e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares... É o tempo da travessia... e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos."

(A Terceira Margem do Rio, de João Guimarães Rosa.)

domingo, 28 de março de 2010

Receitinhas de final de semana II...

Risoto de camarão com aspargos:
Essa receita todo mundo por aqui adora também... e é fácil de fazer!
Final de semana, fui cozinhar, nutrir a família... tem coisa melhor? Todo mundo feliz, saudável... beleza!
Eu adoro cozinhar quando tenho vontade, quando estou bem, inspirada... ai a alquimia culinária flui perfeitamente...
Cozinha pra mim é uma arte, criar, experimentar, é sagrado... todos os sentidos envolvidos... o som, a música, cheiros, temperos, cores, sabores, texturas... tão lúdico, tão divertido, especial...
Prefiro sempre ingredientes frescos... frutas, verduras... no caso dessa receita camarões...
Essa receita foi pra agradar o marido, idéia e pedido dele, jantarzinho especial, momentinhos especiais...
Então ai vai a receita: (essa foi pra 2 pessoas, serve no máximo 3! mas o bom dessas receitas de risoto é que é só aumentar as quantidades, as proporções que sempre fica bom não tem muito segredo não)
250g de arroz Arbório, Vianole Nano ou Carnaroli (eu prefiro pouco arroz e mais "recheio" mas se quiser dá pra colocar 300g de arroz tranquilamente!)
100ml de vinho branco seco
1 cebola média bem picadinha
aprox 100ml azeite de oliva (um tanto para refogar as 2x - 50ml para cada)
500g de camarão fresco, limpo (eu costumo tirar aquela tripinha pretinha horrorosa das costas do camarão...eca!)
1 alho poró cortado ao meio e em rodelas bem fininhas (normalmente só a parte branca, mas uso um pouco da parte verde qdo o alho poró está bem bonito e fresquinho!)
aprox 8 a 10 aspargos verdes frescos cortados e 4 ou 5 partes
1 litro de caldo de camarão (prefiro usar a casca e a cabeça do camarão qdo ele está bem fresquinho ou caldo maggi ou knor de camarão também fica bom)
sal, pimenta do reino e cheiro verde a gosto
50g de manteiga
1 pacote de quijo parmesão
(se quiser pode usar 1/2 pimentão vermelho bem picadinho  pra ficar mais bonito o colorido.)

Suar a cebola em metade do azeite de oliva (a cebola não deve dourar). Junte o arroz, vá mexendo e faça com que todos os seus grãos sejam untados pela cebola e o azeite, assim que isso acontecer, coloque o vinho branco e deixe reduzir. A medida que o líquido da panela vai sendo absorvido pelo arroz, vá incorporando o caldo, sempre aos poucos (de concha em concha) e mexa sempre!
Em outra panela, aqueça o restante do azeite e refogue o alho poró, o aspargo, (se quiser colocar o pimentão vermelho), vá misturando por uns 2 min. só para incorporar o azeite aos vegetais e refogar levemente... acrescente os camarões limpos (sem nenhum líquido - eu, assim que limpo, coloco em uma peneira grande para toda agua do camarão escorrer) e deixe refogar até eles ficarem rosados (aprox. 5 a 7 min.) Reserve.
Um pouco antes do ponto do arroz desejado, junte o refogado do camarão, incorpore a manteiga (deixe derreter), o parmesão e o cheiro verde. Sirva imediatamente! (caso contrário pode ficar com aspecto empapado).
(O tamanho e a função das panelas são bem importentes na hora de cozinhar, facilita muito... para o risoto uma frigideira bem grande larga e rasa, para refogar a frigideira pode ser menor, mas não muito pequena... alias panela pequena para mim é o terror! Aqui eu usei uma woki mas não é a ideal - minha panela ideal ficou na praia:P)

Ah... a entrada foi ciabatta com queijo brie, figo no forno (temperadinhos com um pitada de açucar, 1/2 pitadinha de sal, um fio de azeite de oliva e 1col de sopa de licor de amendoas só para perfumar) e ovas de capelin (preta ou vermelha).
Espumante rosé brut...trés chic!
olha, se combina ou não... nem sei... para nós a harmonização foi perfeita! (Ainda coloquei uma pequena quantidade de suco de romã e suas sementinhas no espumante...ficou tão bom!)


Essa receita não tem no livro da Nigella, que é fantástico, mas é minha inspiração pra quase todos os pratos que faço!




Receitinhas de final de semana...

massa com Salmão:
Essa é uma receitinha que agrada a criançada aqui em casa...
é fácil, simples e saudável... me lembrei dela quando vi uma muito parecida no site da Roberta
ai vai a receita: (serve tranquilamente 4 pessoas)
400 ou 500g da massa de sua preferência ( spaguetti, fettuccine, eu prefiro macarrão caseiro mesmo!)
500g de salmão
2 col de sopa de manteiga (pode ser substituído por azeite de oliva!)
2 cebolas bem picadinhas
1 copo de iogurte natural
2 col de sopa de vinho branco
cheiro verde, sal e pimenta do reino à gosto
Cozinhe a massa (com sal e 1 col de sopa de manteiga) e reserve, refogue a cebola na manteiga e deixe dourar bem (até começar a ficar levemente queimadinha) acrescente o salmão e misture, coloque o vinho e o cheiro verde  e deixe cozinhar por uns 5 minutos para incorporar bem o sabor, por último acrescente o iogurte e mexa levemente... misture o molho a massa delicadamente e pronto! Se preferir a massa com mais molho coloque mais iogurte (se preferir use creme de leite - nossa cozinha ultrametabólica aboliu certos ingredietes!)
Adoro queijo ralado, então cubra com queijo ralado e um bom azeite de oliva extra virgem!






sábado, 27 de março de 2010

Sobre simpatia, empatia e grandes almas...

Encontrei este texto, achei tão bonito... mais uma lenda, que, na minha opinião, faz todo sentido...
Esses encontros de alma não são mágicos? quem já sentiu sabe... aquela pessoa que faz o olhar brilhar mais, a respiração acalma, a gente se sente leve, a conversa flui e não tem hora para acabar, o entendimento acontece sem muitas explicações, semelhanças, coincidências, é sentido, vivido,  mágico!
Não é fácil estes encontros acontecerem... Eles acontecem quando devem acontecer... e vem cheios de conincidências e sinais... assim como saber escutar é preciso saber enxergar... saber sentir...
Encontros e desencontros... possibilidades...
Tenho feito o exercicio de deixar a vida me levar (viva o Zeca Pagodinho!),trazer o que precisa ser visto, usado, conhecido... tenho confiado mais, me desgastado menos...
Os Hindus contam uma história muito bonita:


No princípio dos tempos, uma grande nuvem espiritual envolvia o mundo constituindo a essência suprema, e cada criança, ao nascer, recebia uma generosa parcela deste misterioso ectoplasma que descia sobre ela.
E passava a ser sua alma.Com o passar dos séculos, as populações foram aumentando e já não havia grandes porções de alma para dividir com todos os que nasciam.
Então começaram a aparecer na terra milhares, milhões de pessoas com almas pequenas.
Mas até hoje, de vez em quando, um engano acontece, e ainda sobra um pedaço maior de alma para determinados seres humanos.
Assim nascem, aqui… ali, criaturas de almas grandes.
Por toda parte, na terra, em países diversos, essas pessoas de almas grandes se reconhecem e se atraem ao se verem pela primeira vez.
São em geral simpáticas, inteligentes, honestas, e se identificam imediatamente uma com as outras, como se fossem irmãs.
Os casos de amor ou amizade à primeira vista, constituem provas concretas de que estas grandes almas existem.
A angústia de viver está em que, no caso de sermos almas grandes, passamos às vezes uma vida inteira sem encontrar nossas parceiras genuínas,aquelas pessoas perfeitamente aptas a se identificarem conosco, a tornarem-se nossas maiores amigas, ou nossas grandes paixões.
E podem estar a nossa espera ali na esquina, ou num bairro que não freqüentamos, numa cidade que não visitamos.
Todos deveriam falar com todos, sem constrangimentos, e tentar aproximações novas e freqüentes.
O mundo seria bem melhor se qualquer pessoa desconhecida dissesse em plena rua: - “Taí. ..gostei de você…vamos tomar um café”.  hummm... (ou um chopinho né?!)



sexta-feira, 26 de março de 2010

Sobre Fotografia... pq sou fotógrafa também (e inclusive!)...

Possibilidades de um novo trabalho... aliás novos trabalhos... então ai estão as idéias... não são lindas? Adoro fotografar crianças...
Para quem não sabe tudo começou com o hábito de fotografar os meus meninos e a nossa grande família, fotos bonitas foram rendendo elogios e incentivos e assim as fotos, as técnicas e o equipamento foram se aprimorando... Torneios de tênis, calendários, cocktails, aniversários...vários trabalhos surgindo e a psicóloga também tornou-se fotógrafa...
O olhar é o mesmo independente da formação... tanto em sessões de psicoterapia quanto em sessões de fotografia procuro a essência, o momento importante, a história de cada um... pois o que importa é quem está ali, seja na frente das minhas lentes ou sentado em meu consultório, em frente ao meu olhar... e é assim, entendendo o que cada um busca, o que cada um quer, o que cada um acredita que o trabalho se desenvolve...
Então...hoje posto aqui idéias fotográficas, com um olhar terapêutico (como não poderia deixar de ser) :
As fotos a seguir não são minhas não (eu achei lindas e inspiradoras). Créditos: Evandro Rocha Fotografias e moda bico do corvo
















quarta-feira, 24 de março de 2010

Sobre Vida e Renovação...


Relembrando e Refletindo... me lembrei deste texto, foi em uma época onde estava bem ligada na cultura indígena americana, fiz uns workshops, montei meu totem... lindo isso né? Meu totem, meus animais de poder...
Cada um tem os seus, estão aí... escondidos internamente, saem as vezes sutilmente, as vezes agressivamente... as vezes até hibernam,  é só saber escutar, enxergar, sentir... Na época comprei uns livros :  "Cartas Xamânicas" e "As Cartas do Caminho Sagrados"... tão intuitivos, mágicos, místicos... ainda tiro as cartas vez ou outra... sempre com mensagens coerentes e poderosas...
Bom... depois de um tempo me falaram que esse texto é falso, que as aguias não se comportam bem assim... que é lenda... e eu penso: e daí? Lenda não é lindo? Não cumpre o seu papel ? Não passa sua mensagem? O que seria de um povo sem lendas? Sem estórias para contar...?
 Acho a imagem da águia linda... forte, livre, linda, poderosa...
Então ai vai o texto, mesmo que não verdadeiro continua lindo!

"A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie ela chega a viver 70 anos. Mas, para conseguir chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.
Quando atinge os 40 anos, ela está com as unhas compridas e flexíveis, não conseguindo mais agarrar as suas presas das quais costuma se alimentar. O bico, alongado e pontiagudo, se curva.
Suas asas envelhecidas e pesadas estão apontando contra o peito, em função da grossura das penas, e voar já é muito difícil!
Então, a águia só tem duas alternativas: Morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cerca de 150 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha, e se recolher em um ninho próximo a um paredão, onde não haja a necessite de voar.
Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um forte e renovado bico, com o qual irá depois arrancar todas as suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar então as velhas penas.
E só após esses longos e dolorosos cinco meses é que ela sai para o famoso vôo de renovação, e, para viver mais 30 anos."

Quantas vezes em nossa vida precisamos nos resguardar, nos proteger por algum tempo para elaborar questões pessoais e iniciar um processo de renovação interna...
Para poder continuar voando, sonhando, correndo, vivendo, muitas vezes precisamos questionar valores, crenças, padrões, modelos, para o bem e para o mal, pelo amor e pela dor...
Assim o peso do passado torna-se mais leve, enxerga-se uma nova possibilidade, uma nova saída, uma nova história a ser contada, um novo presente, uma novo futuro... Novas Narrativas !!!!

Ok...ok...essa semana estou em processo de recuperação e muita reflexão... então... paciência!!






terça-feira, 23 de março de 2010

Sobre Sonhos e coisas lindas...

A Região da Provance na França me encanta...
campos de Lavanda...não são um sonho? surreal...
Pq hoje estou assim...ainda em repouso, me recuperando e sonhando...













Não dá para quase sentir o perfume?

"Características: originário da França, o óleo essencial de lavanda tem aroma floral, herbáceo, levemente doce. É um óleo de cor amarela bem clara.
O que faz: calmante, sedativo, sonífero, analgésico, cicatrizante e antiespasmódico, é o grande relaxante entre os óleos essenciais.
Bom para: óleo número um no combate ao estresse e às tensões nervosas. Excelente no tratamento da insônia: basta uma gota no travesseiro para que seus efeitos sejam sentidos. Combate a ansiedade e a depressão. Alivia dores musculares e hematomas. E anti-séptico e um excelente antídoto contra picadas de abelhas, borrachudos, formigas e outros insetos. Eficaz contra queimaduras de sol ou por combustão, aliviando a dor, cicatrizando e regenerando a pele"

Ah, e pra quem se interessa pela Provance, dicas de filmes e livros:
  • Um Bom Ano ( do Ridley Scott, com Russell Crowe)
  • Surpresas Do Coração (com a Meg Ryan...)
(esses dois filmes tem trilhas sonoras lindas!!)

Um Ano na Provence, Toujours Provance e Encore Provance (todos de Peter Mayle) - falam da vida na região da Provance...lindo para quem se interessar...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Sobre Morte, Vida e Ambivalências...


A MORTE COMO CONSELHEIRA – Rubem Alves...
 só para variar...

Lembra-te,
antes que cheguem os maus dias,
e se rompa o fio de prata,
e se despedace o copo de ouro,
e se quebre o cântaro junto à fonte,
e se desfaça a roda junto ao poço...
(Eclesiastes 12, 1-8)

A vida está cheia de rituais para exorcizar a Morte. Agora, quando escrevo, dia 3 de janeiro de 1991, acabamos de passar por dois deles. É claro que não lhes damos este nome, pois o seu sucesso depende de que o Nome Terrível não seja ouvido. Para isto se faz uma barulheira enorme de sinos, fogos de artifício, danças, risos, muita comida, e alegria engarrafada... E tudo isso só para que a voz Dela não seja ouvida... Natal não é isto? Não existe uma tristeza solta no ar? O esforço desesperado de repetir um passado, fazer com que ele aconteça de novo? Encontrei, certa vez, numa loja nos Estados Unidos, um pacotinho de ervas e temperos num saquinho de plástico com o nome: “perfumes de Natal”. Tem de ser aqueles cheiros antigos, de infância. As músicas novas não servem, é preciso que as mesmas dos outros tempos sejam cantadas de novo. E que haja o mesmo rebuliço, os mesmos bolos, as mesmas frutas. Prepara-se a repetição do passado, para se ter a ilusão de que o tempo não passou. Melhor o incômodo da correria e da ressaca do que a dor de ouvir o que Ela está silenciosamente dizendo: “É, mas o tempo passou. Não pode ser recuperado. Você está passando...” Pensar dói muito. O Natal dói muito.... E saímos da depressão da perda por meio de um outro ritual. Tolice imaginar que o tempo passou. Que nada. É um novo tempo que vem. Há muito tempo à espera. “Feliz Ano Novo!” E, no entanto, é tudo mentira. Certo está o poeta:
Mas o que eu não fui, o que eu não fiz, o que nem sequer sonhei;
o que só agora vejo que deveria ter feito,
o que só agora claramente vejo que deveria ter sido
isto é que é morto para além de todos os Deuses...
Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei.
Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar?
Esses, sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.
Enterro-os no meu coração para sempre, para todo o tempo, para todos os universos... (Álvaro de Campos, Poesias, “Na noite terrível...”)
Não, não, a Morte não é algo que nos espera no fim. É companheira silenciosa que fala com voz branda, sem querer nos aterrorizar, dizendo sempre a verdade e nos convidando à sabedoria de viver.
O que ela diz? Coisas assim:
“Bonito o crepúsculo, não? Veja as cores, como são lindas e efêmeras... Não se repetirão jamais. E não há formas de segura-las. Inútil tirar uma foto. A foto será sempre a memória de algo que deixou de ser... E esta tristeza que a beleza dá? Talvez porque você seja como o crepúsculo.... É preciso viver o instante. Não é possível colocar a vida numa caderneta de poupança...”
Você sabe que horas são? Está ficando frio... E as cores do outono? Parece que o inverno está chegando...”
“O que é que você está esperando? Como se a vida ainda não tivesse começado... Como se você estivesse à espera de algum evento que vai marcar o início real da sua vida: formar, casar, criar os filhos, separar da mulher ou do marido, descobrir o verdadeiro amor, ficar rico, aposentar... Como se os seus instantes presentes fossem provisórios, preparatórios. Mas eles são a única coisa que existe...”
“E esta música que você está dançando? É de sua autoria? Ou é um Outro que toca, e você dança? Quem é este Outro? Lembre-se do que disse o poeta ‘Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim’. Mas, se você é isto, o intervalo, você já morreu... Acorde! Ressuscite!”

A branda fala da morte não nos aterroriza por nos falar da Morte. Ela nos aterroriza por nos falar da Vida. Na verdade, a Morte nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo que estamos fazendo com a própria Vida, as perdas, os sonhos que não sonhamos, os riscos que não tomamos (por medo), os suicídios lentos que perpetramos.
“Lembra-te, antes que se rompa o fio de prata e se despedace o corpo de outro”, e que seja tarde demais.
Uma das canções mais belas do Chico eu nunca ouvi tocada no rádio. Tenho perguntado, e pouca gente conhece. Desconfio. É porque ela é a mansa sabedoria da Morte, que ninguém quer ouvir. Diz assim: “O velho sem conselhos, de joelhos, de partida, carrega com certeza todo o peso de sua vida. Então eu lhe pergunto sobre o amor... A vida inteira, diz que se guardou do carnaval, da brincadeira que ele não brincou... E agora, velho, o que é que eu digo ao povo? O que é que tem de novo pra deixar? Nada. Só a caminhada, longa, pra nenhum lugar... O velho, de partida, deixa a vida sem saudades, sem dívida, sem saldo, sem rival ou amizade. Então eu lhe pergunto pelo amor... Ele me diz que sempre se escondeu, não se comprometeu, nem nunca se entregou... E agora, velho, que é que eu digo ao povo? O que é que tem de novo pra deixar? Nada. Eu vejo a triste estrada aonde um dia eu vou parar. O velho vai-se agora, vai-se embora sem bagagem. Não sabe pra que veio, foi passeio, foi passagem. Então eu lhe pergunto pelo amor... Ele me é franco. Mostra um verso manco dum caderno em branco que já se fechou. E agora, velho, o que é que eu digo ao povo? O que é que tem de novo pra deixar? Não. Foi tudo escrito em vão... E eu lhe peço perdão mas não vou lastimar”... Parece até que o Chico e o Jorge Luis Borges entraram de acordo, pois este escreveu coisa muito parecida: “Instantes: Se eu puder viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser perfeito. Relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria até menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria para lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos sopa. Teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma desta pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida. Eu era uma destas pessoas que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas. Se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo...”
É! Embora a gente não saiba, a Morte fala com a voz do poeta. Porque é nele que as duas, a Vida e a Morte, encontram-se reconciliadas, conversam uma com a outra, e desta conversa surge a Beleza. Agora, o que a Beleza não suporta é o falatório, a correria... Ela nos convida a contemplar a nossa própria verdade. E o que ela nos diz é simplesmente isto: “Veja a vida. Não há tempo pra perder. É preciso viver agora! Não se pode deixar o amor para depois. CARPE DIEM!”
Foi esta a primeira lição do professor de literatura do filme A sociedade dos poetas mortos. CARPE DIEM: agarre o dia! E o efeito de tal revelação poética, nascida da reconciliação da Vida com a Morte, é uma incontrolável explosão de liberdade. É só isto que nos dá coragem para arrebentar a mortalha com que os desejos dos outros nos enrolam e mumificam.
Tive um amigo, Hans Hoekendijk, um holandês que esteve prisioneiro num campo de concentração alemão. Contou-me de sua experiência com a morte. A guerra já chegava ao fim, e os prisioneiros acompanhavam num rádio clandestino o avanço de tropas aliadas e já faziam o cálculo dos dias que os separavam da liberdade. Até que o comandante da prisão reuniu a todos no pátio e informou que, antes da libertação, todos seriam enforcados. “Foi um grito de lamentação e horror... seguido da mais extraordinária experiência de liberdade que jamais tive em minha vida”, ele disse. “Se eu morrer dentro de dois dias, então nada mais importa. Não há sentido em me guardar, não há sentido em ser prudente. Não preciso pretender ser outra coisa do que sou. Posso viver a minha verdade, pois nada pode me acontecer. Não preciso de máscaras. Tenho a permissão para a honestidade total. Posso ir ao guarda nazista, que sempre me aterrorizou, e dizer a ele tudo o que sinto e penso... Que é que ele pode me fazer? Posso ir até aquela mulher que sempre amei mas de quem nunca me aproximei (afinal, ela estava com o marido, e naqueles tempos isto era levado em consideração...) e pedir licença ao marido para confessar os sentimentos... Posso dizer tudo o que sinto mas que nunca me atrevi a dizer, por medo”. E me contou dessa experiência fantástica de liberdade e verdade que se tem quando se está pendurado sobre o abismo. A Morte tem o poder de colocar todas as coisas em seus devidos lugares. Longe do seu olhar , somos prisioneiros do olhar dos outros, e caímos na armadilha de seus desejos. Deixamos de ser o que somos para sermos o que eles desejam que sejamos. Diante da Morte, tudo se torna repentinamente puro. Não há lugar pra mentiras. E a gente se defronta então, com a Verdade, aquilo que realmente importa. Para ter acesso a nossa verdade, para ouvir de novo a voz do desejo mais profundo, é preciso tornar-se um discípulo da Morte. Pois ela nos dá lições de vida, se acolhemos como amiga. " A morte é nossa eterna companheira" - dizia Don Juan, o bruxo. " Ela se encontra sempre a nossa esquerda, ao alcance do braço. Ela nos olha sempre até o dia que nos toca. Como é possível alguém se sentir importante, sabendo que a Morte o comtempla? O que você deve fazer ao se sentir impaciente com alguma coisa, é voltar-se para sua esquerda e pedir que a sua Morte o aconselhe. Estamos cheios de lixo! É a Morte é a única conselheira que temos. Sempre que você sentir, como acontece sempre, que tudo está indo de mal a pior,e que você se encontra a ponto de aniquilado, volte-se para sua Morte e lhe pergunte se isso é verdade. Sua Morte lhe dirá que você está errado, que nada realmente importa, fora do seu toque. Ela lhe dirá "ainda não te toquei". Alguém tem que mudar e depressa. Alguém tem que aprender que a Morte é caçadora e que ela se encontra a nossa esquerda. Alguém tem que pedir o conselho da Morte e abandonar a maldita mesquinharia que pertence aos homens que vivem as suas vidas como se a Morte nunca fosse bater no seu ombro.
Houve um tempo em que o nosso poder perante a morte era muito pequeno. E por isso os homens e mulheres dedicavam-se a ouvir a sua voz e podiam tornar-se sábios na arte de viver. Hoje, o nosso poder aumentou, a Morte foi definida como inimiga a ser derrotada, fomos possuídos pela fantasia onipotente de que nos livramos de seu toque. Com isso, nós nos tornamos surdos às lições que ela pode nos ensinar. E nos encontramos diante do perigo de que, quanto mais poderosos formos diante ela( inutilmente, porque só podemos adiar..)mais tolos nos tornamos na arte de viver. E, quando isso acontece, Morte que podia ser conselheira sábia, transforma-se em inimiga que nos devora por detrás. Acho que para recuperarmos um pouco a sabedoria de viver seria preciso que nos tornássemos discípulos e não inimigos da Morte. Mas para isso seria preciso abrir espaço em nossas vidas para ouvir a sua voz.Seria preciso que voltássemos a ouvir os poetas....

Referência: ALVES, Rubem. A morte como conselheira. In: CASSORLA, Roosevelt M. S. (Coord). Da morte. Campinas: Papirus, 1991.




Corri, 10km... sob um sol de rachar... nunca tinha corrido uma prova assim, 10km com um sol tão forte, o tempo todo e sem sombra... poucos postos de hidratação...  Comecei super motivada, como não podia deixar de ser pois estava esperando ansiosamente por este desafio... mas confesso que passado 25 minutos de prova me deparei com a subida de um viaduto que foi de matar...  para mim realmente de matar... meus batimentos cardiacos, minha respiração, tudo perdeu o ritmo... o coração queria saltar pela boca, a respiração virou um gemido... perdi o foco... pensei que não conseguiria... que sensação ruim... buscava por alguma motivação mas só passava pela minha cabeça como meu corpo estava desgastado... muito calor e pouca água! Enfim avistei o posto de hidratação, mas toda agua do mundo não parecia suficiente, aquele copinho era apenas uma gota para o tanto de sede que eu estava... Continuei buscando forças e corri por mais uns 2km quando me deparei com a volta pela subida do mesmo viaduto... pensei novamente que não aguentaria, que pegaria carona com algum policial, carro, bicicleta, com alguem que passasse por ali... Respirei fundo, busquei mais força e trotei leve, vi que não aguentaria, andei... toda a subida... meus batimentos foram acalmando chegaram a 165, me tranquilizei... voltei a correr... ladeira abaixo é sempre mais fácil pensei e como dizem "para baixo todo santo ajuda" que algum então me ajude a terminar essa prova... já havia percorrido uns 6km, meu pensamento era constante : "vamos mais 1km, mais 1km..." e quando avistava a marcação pensava, ótimo, menos 1km... e assim fui até o 7km, onde consegui, ao olhar para o mar a minha esquerda achar a motivação para aumentar o ritmo até o final da prova...
Quando cruzei a linha de chegada, depois de 1h 14min 25seg senti um misto de alegria e alívio, uma vontade de gritar e chorar, nem sentia meu corpo, não tinha dor, e já tinha acostumado com o  som da minha respiração ofegante... tudo ao mesmo tempo...
meu corpo arrepiava com o calor e eu não sabia se me jogava no gramado, se corria até a água...não sabia nada! Só pensava... consegui... consegui!!!!! 10km... é um monte, meu objetivo, meu desafio... e eu consegui... suado, sofrido... mas fui até o fim! e essa sensação não tem preço...  Vida pulsando... cabeça, coração, pulmão,  tudo em sincronia, tudo funcionando....
Lembrei do texto acima...
Senti constantemente "morte e vida" ao meu lado... momentos de angústia, dúvida, desespero e momentos de bem estar, tranquilidade, certeza e paz... elaborar tudo isso não foi fácil... ser testada constantemente, por mim mesma, pelo meu corpo, minha saúde, minha cabeça...
Em vários momentos busquei foco e não encontrei nada, não me encontrava ou só encontrava desespero, me lembrei de um anuncio que diz assim:
"If you're not fast, you're food"!!!!!!
...e pensava... pronto virei comida! Se fosse real já era... mas isso me distraia e quando percebia tinha voltado para meu foco novamente... ( assista o video!!! )
As pessoas em uma corrida também são incríveis... a sensação de pertencimento, de apoio, ajuda, companherismo... nunca tinha sentido isso tão forte... e em nenhum outro esporte... incrível como alguém sempre tem uma palavra de incentivo de animação na hora certa...  bem legal!
Bom... foi isso... fiquei muito feliz em ter cumprido meu objetivo e assustada em me ver tão no limite físico e mental...
Hoje descanso e elaboro tudo isso... até a próxima!

as mulheres da equipe Sprint e suas unhas verdes!!!

trote de aquecimento...

nossa grande equipe...




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