quarta-feira, 1 de junho de 2011

Questões Psicossomáticas...

Sobre Psicossomática do sistema digestivo:

A vida fala-nos em várias linguagens. A linguagem dos
sintomas é uma das formas de expressão de que a vida se serve e traz mensagens
extremamente importantes se soubermos interpretá-las. Aprendendo a escutar
atentamente estes sinais e sintomas passamos a nos conhecer melhor, descobrimos
nossa autenticidade, e podemos nos tornar ativos no processo de cura da doença.
Tratando-se do sistema digestivo, esôfago, estômago,
duodeno, etc., faz-se importante lembrar que o alimento psíquico, os alimentos
afetivos e emotivos são tão reais quanto os alimentos físicos, pois desde que
ingeridos são integrados em nós.

Segundo Kurt Tepperwein, em seu livro, O que a Doença quer
Dizer – A Linguagem dos Sintomas, o estômago recebe as impressões materiais do
mundo. Tem de assimilar a primeira impressão. O transtorno mais frequente é o
ardor no estômago, a acidez de todas as formas. O doente do estômago procura
evitar conflitos.  Aprender a enfrentar
os problemas  e resolver os conflitos
através de um tratamento consciente que inclui também entender a sua
incapacidade ou falta de vontade  de
aceitar, assimilar ou “digerir” a crítica. O mesmo autor cita problemas de duodeno apontam também para impotência
ou incapacidade para enfrentar as circunstâncias da vida. Irritação reprimida,
estresse, pressa (consequências de um confronto interno).
As náuseas realçam a rejeição de algo que não desejamos, a
tentativa de desfazer coisas ou impressões que não queremos assimilar, que não
podemos integrar. Os vômitos são a expressão de defesa e rejeição. Náuseas  podem aparecer quando tomo consciência de
algo que gostaria que não tivesse ocorrido. Os vômitos são uma expressão total
de defesa e de rejeição contra algo com que entrei em contato, não podendo (ou
não querendo) aceitar. Ao vomitar, volto a expulsar o que é indigesto ou nocivo
para mim, embora seja só no plano físico. Gostaria de fazê-lo também no plano
mental, mas não vejo nenhuma via para isso.


Para Dethelefsen e Dahlke, em A Doença como Caminho,  a náusea sinaliza que recusamos algo e seguida
de vômito sinaliza o desejo de nos livrarmos das coisas e impressões que não
desejamos, que não queremos assimilar nem integrar. Vomitar é uma expressão
evidente de resistência e de recusa. Vomitar é “não aceitar”.


A falta de capacidade em lidar com seus aborrecimentos e com
sua agressividade de forma consciente, resolvendo seus conflitos e problemas
através de um senso de responsabilidade pessoal, ocasiona sérios problemas
estomacais. “A pessoa que sofre do estômago deixa totalmente de demonstrar sua
agressividade (engolindo tudo) ou exagera na agressividade – embora ambos os
extremos não ajudem a resolver de fato os problemas, pois ela carece de uma
base segura de autoconfiança e da sensação fundamental de proteção para confrontar  com independência os obstáculos.” A pessoa
que sofre do estomago é alguém que procura evitar conflitos. “Sente saudade da
infância livre de conflitos, embora não tenha consciência do fato.”


 Leloup, em seu livro
O Corpo e seus Símbolos, fala da necessidade de vomitar o que carregamos de
muito pesado em nós mesmos. “Pode ser uma injustiça, algo inaceitável”. Certas
pessoas sentem-se culpadas e tomam a responsabilidade pelos fatos e atitudes da
sociedade em que vivem.


O grande aprendizado nestes casos é tornar-se mais
consciente dos seus sentimentos, lidar de forma consciente com seus conflitos e
digerir, também conscientemente, suas impressões.  Admitir seu desejo infantil de dependência e
segurança maternal, além de sua ânsia em serem amados e atendidos, mesmo quando
tais necessidades estiverem muito bem disfarçadas por trás de uma fachada de
independência, competência e orgulho. Dessa forma é o estômago que, como a
maioria dos sintomas físicos, sempre revela a verdade.


Perguntas reflexivas: O que não consigo digerir? O que não
consigo integrar? O que não aceito? O que não consigo perdoar?

Site interessante para pesquisas: psiqweb

2 comentários:

Rosana disse...

Ótimo!
bjos

Unknown disse...

Vomito sempre que começo a rir em demasiado, porquê??

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