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domingo, 11 de abril de 2010

Sobre amigos, amigos e amigos...

Ai ai... amigos! estava com saudade...
Parece que por aqui, depois do Carnaval, depois da Páscoa, as coisas se aquietam e passamos mais tempo dos finais de semana disponíveis para os encontros com amigos... pelo menos eu sinto assim...
Quando o final do ano se aproxima e a possibilidade de uns dias de férias também, logo pensamos em praia,  viagens ou em encontros e reencontros familiares... ótima época para tudo isso... fundamental... Mas eu andava com saudade de alguns amigos... amigos queridos, divertidos, alegres, leves... saudade de ter um tempo disponível para esses encontros...
Confesso também que tenho uma certa facilidade em me cansar de pessoas... e uma intolerância ao besteirol e aos encontros vazios e desnecessários...
Encontros de alma me encantam... encontros leves, divertidos, que nutrem cabeça e coração... Encontros sem hora marcada, sem cobrança, sem necessidade até... é só o simples encontro... só?! Isso me basta! Confio no destino, confio nos encontros do destino... para encontros verdadeiros o universo conspira...
Então entre leituras no final de semana me deparei com alguns textos que trouxeram a lembrança de amigos muito especiais, alguns encontro sempre (que bom!), outros não vejo há anos mas a lembrança de momentos felizes torna a distância insignificante...
Amigos queridos... obrigada por existirem... obrigada por compartilharem comigo momentos diveridos e dolorosos, alegrias e angústias... obrigada por tolerarem meu temperamento inquieto, meus questionamentos meu ritmo (as vezes presente, as vezes ausente!)...

Como amo Rubem Alves, não poderia deixa-lo fora deste tema... Que doçura nas palavras, quanta reflexão, quanta sensibilidade... então segue ai pedaços de um texto de um livro dele que eu amo: O Retorno e Terno!
"O encontro acontecera de repente, mas era como se já tivessem sido amigos a vida inteira. A experiência da amizade parece ter suas raízes fora do tempo, na eternidade. Um amigo é alguém com quem estivemos desde sempre.
Pela primeira vez, estando com alguém, não sentia necessidade de falar. Bastava a alegria de estarem juntos, um ao lado do outro."
"Amiga é aquela pessoa em cuja companhia não é preciso falar. Você tem aqui um teste para saber quantos amigos você tem. Se o silencio entre vocês dois lhe causa ansiedade, se quando o assunto foge você se poe a procurar palavras para encher o vazio e manter a conversa animada, então a pessoa com quem você está não é amiga. Porque um amigo é alguém cuja presença procuramos não por causa daquilo que se vai fazer juntos, seja bater papo, comer, jogar ou transar. Ate que tudo isso pode acontecer. Mas a diferença está em que, quando a pessoa não é amiga, terminado o alegre e animado programa, vem o silencio e o vazio – que são insuportáveis. Nesse momento o outro se transforma num incomodo que entulha o espaço e cuja despedida se espera com ansiedade. Com o amigo é diferente. Não é preciso falar. Basta a alegria de estarem juntos, um ao lado do outro. Amigo é alguém cuja simples presença traz alegria independentemente do que se faça ou diga. A amizade anda por caminhos que não passam pelos programas."

Esse aqui mesmo... eu adoro... totalmente verdadeiro! Queria ter sido eu, autora dessas palavras... mas não sou... o que não me impede de dividir isso por aqui:
"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril."
(Oscar Wilde)
e só pra encerrar com o meu mais fave escritor de todos, queridissimo e amadissimo Rubem Alves:
"Diante do amigo sabemos que não estamos só. E alegria maior não pode existir!"
é isso... todos os meus verdadeiros amigos tornam minha vida mais completa, mais alegre... muito mais! Obrigada amigos queridos! Bjos com carinho em todos!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sobre Diferenças...






As Diferenças:

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola.
Reuniram-se e começaram  a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo.
O Peixe para que o nado fizesse parte do curriculo também.
O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental.
E o Coelho queria de qualquer jeito que  corrida fosse incluida.
E assim foi feito. Incluiram tudo, mas...cometeram um grande erro.
Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguem corria como ele.
Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa arvore e disseram:
"Voa Coelho!" Ele saltou lá de cima e "pluft"...
Coitadinho, quebrou as patas...
O Coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também...
O Pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma Topeira,
quebrou o bico e machucou as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem cavar buracos.
Sabe de uma coisa?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem as próprias qualidades...
Não podemos exigir ou forçar que as pessoas pensem ou sejam parecidas conosco, com as nossas qualidades ou com o que acreditamos que seja o certo...
Agindo assim, só causamos sofrimento...não conseguindo enxergar as qualidades dos outros e respeita-las podemos perder o que há de melhor em uma relação: o aprendizado através das diferenças! Com as diferenças aprendemos a respeitar, aceitar, aprendemos sobre o novo, aprendemos sobre amizade e amor!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Sobre Afinidade...

    

  O que dizer? o texto é lindo...o tema é lindo...e pra quem já sentiu sabe o quanto o sentimento é maravilhoso...Conto nos dedos (das mãos) os seres amados, iluminados que me cercam e que compartilham deste sentimento comigo... Amigos, pessoas que eu amo, familiares... mesmo quando estamos separados, estamos juntos em pensamentos em sentimentos...as mesmas músicas, os mesmos questionamentos, as mesmas angústias e alegrias...irmãos de alma como eu costumo chamar... sempre que leio este texto lembro dessas pessoas especiais e de quanto a afinidade é importante e tranquilizante para corpo, alma e coração!!!
                                                       
                                                                Afinidade


"Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois.
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
É o mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidade vividas.
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado."
(Artur da Távola)

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