Muitas vezes, frente a mudanças de comportamento dos pequenos, os adultos se perguntam:"O que será que está acontecendo com essa criança? Ela não era assim..."
Nem sempre é fácil perceber o que acontece no "mundo interno" de uma criança, pois ela encontra-se em constante desenvolvimento, curiosa, explorando, conhecendo e questionando o mundo, construindo e descobrindo o seu jeitinho de viver, passando por mudanças diárias em sua vida...
Além de sua familia, ela encontra-se inserida em uma rede de relações (familiares, vizinhos, amigos, escola...), que desempenham importante papel na construção do seu crescimento pessoal.
Na relação com essas pessoas, a criança pode encontrar dificuldades em entender as dificuldades ou problemas que acontecem com os pais, familiares e outros adultos.
A vida é sempre cheia de mudanças, mas quando elas acontecem na vida de uma criança, ela pode sentir-se confusa e não entender com clareza o que está acontecendo na realidade.
Alguns exemplos são: perdas ou situações traumáticas (acidentes, doenças, mortes, mudanças de casa, cidade, escola), separações, recasamentos, chegada de um novo membro na família, segredos em família, etc.
Sendo assim, a criança pode reagir de diversas maneiras. Muitas vezes se isola, fica mais quietinha, evita falar, pode ficar mais agitada ou demonstrar tristeza através de choro fácil ou agressividade, timidez, insegurança, pode fazer sintomas físicos como alergias, voltar a fazer xixi na cama, ou dificuldade de ir ao banheiro, dificuldade para adormecer ou acordar assustada, passa a roer unhas, sentir dores, entre tantos outros sintomas. Tudo isso demonstra que de alguma forma a criança esta tentando reagir à situação difícil, ela sofre e não consegue entender o que esta acontecendo de uma forma clara.
Também é bastante comum queixas no ambiente escolar, pois é onde a criança relaciona-se com iguais e passa boa parte de sua rotina. Na maioria das vezes as questões que envolvem mudanças no comportamento da criança na escola não são só educacionais.
É comum a procura pelo pediatra para avaliar os sintomas da criança, que com um exame clínico cuidadoso pode constatar que a conversa com um psicólogo pode ajudar neste momento.
E aí surge a pergunta: "Será que crianças precisam ir ao psicólogo?"
Em muitos casos as doenças mais comuns são as respiratórias, vômitos ou dificuldade em alimentar-se, dores de barriga, dores de cabeça, e até febre sem causa orgânica que justifique tais sintomas. Isto o que chamamos de doenças Psicossomáticas.
Em todos estes momentos a criança está tentando expressar algo, colocando-se da maneira que é possível, da maneira que consegue dentro de sua capacidade cognitiva, enfrentar a situação de estresse.
E para ajudar a entender e esclarecer melhor todas estas questões, mostra-se importante e necessária a Psicoterapia!
Normalmente a primeira sessão acontece com os pais, para que em conjunto ao psicólogo possam entender e elaborar a melhor forma de lidar com as dificuldades. O terapeuta familiar entende que o sofrimento de um membro da família é sentido por todos os outros e o trabalho em conjunto é muito importante. Dessa forma é possível solucionar as questões mais rapidamente, tornando o ambiente familiar propício, atento e aberto para as possíveis mudanças.
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